Tenho aqui uma sugestão de atividade para professores que trabalham com Arte, ensino médio.
Fazer um estudo analógico do poema O grito, de Manuel Bandeira e da obra O grito, de Munch. O quadro é considerado uma das obras mais importantes do expressionismo e representa um estado de extrema angústia. O professor pode ainda falar sobre o roubo que a obra sofreu. Ver aqui mais detalhes.
O professor pode pedir ao aluno que encontre pontos que se assemelham ou que divergem um do outro, estudar o porquê dos títulos, considerar o ano em que cada uma das obras foram criadas. Enfim, com essa atividade o professor une literatura e arte, que na verdade são uma só.
Fazer um estudo analógico do poema O grito, de Manuel Bandeira e da obra O grito, de Munch. O quadro é considerado uma das obras mais importantes do expressionismo e representa um estado de extrema angústia. O professor pode ainda falar sobre o roubo que a obra sofreu. Ver aqui mais detalhes.
O professor pode pedir ao aluno que encontre pontos que se assemelham ou que divergem um do outro, estudar o porquê dos títulos, considerar o ano em que cada uma das obras foram criadas. Enfim, com essa atividade o professor une literatura e arte, que na verdade são uma só.
Se ao menos esta dor servisse
se ela batesse nas paredes
abrisse portas
falasse
se ela contasse e despenteasse cabelos
se ao menos esta dor se visse
se ela saltasse fora da garganta (como um grito)
caísse na janela fizesse barulho
morresse
se a dor fosse um pedaço de pão duro
que a gente pudesse engolir com força
depois cuspir a saliva fora
sujar a rua os carros o espaço o outro
esse outro escuro que passa indiferente
e que não sofre tem o direito de não sofrer
se a dor fosse só a carne do dedo
que se esfrega na parede de pedra
para doer doer visível
doer penalizante
doer com lágrimas
se ao menos esta dor sangrasse.
(Manuel Bandeira)
se ela batesse nas paredes
abrisse portas
falasse
se ela contasse e despenteasse cabelos
se ao menos esta dor se visse
se ela saltasse fora da garganta (como um grito)
caísse na janela fizesse barulho
morresse
se a dor fosse um pedaço de pão duro
que a gente pudesse engolir com força
depois cuspir a saliva fora
sujar a rua os carros o espaço o outro
esse outro escuro que passa indiferente
e que não sofre tem o direito de não sofrer
se a dor fosse só a carne do dedo
que se esfrega na parede de pedra
para doer doer visível
doer penalizante
doer com lágrimas
se ao menos esta dor sangrasse.
(Manuel Bandeira)
Querida Haviany... já se vão quase dois anos do nosso encontro carioca. É muito bom ver que você continua voando nas letras com competência e majestade. Seja bem vinda ao mundo dos blogueiros. Que suas palavras sejam sementes e que os frutos sejam ainda mais saborosos. Ana manda beijos e aqui deixo meus abraços musicais. Passaremos sempre por aqui.
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