sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Conhecendo Giselda Laporta Nicolelis

Giselda Laporta Nicolelis é uma escritora brasileira de literatura infantil e juvenil. Formada em jornalismo, é fascinada por leituras. Seu primeiro livro publicado foi Coruja lelé. Um de seus livros que merece destaque é Táli. A escritora conta que, após uma palesta para os alunos de um grande colégio, uma garota de olhos verdes procurou-a e pediu que ela escrevesse sua história de vida. Sendo assim, trata-se de uma história real e, por isso, merece atenção. Esta pode ser a história de muitas adolescentes. A história fala sobre um namoro proibido que gera infelicidade e um gesto desesperado que quase a levou à morte. A garota se sente incompreendida devido à falta de afeto dos pais opressores que só vêem as aparências. Mas a garota tem uma avó que enxerga o coração e é contra o preconceito. No final, Táli se mostra uma jovem decidida e corajosa que busca realizar seus sonhos, ser feliz e encontrar no amor o diálogo de que tanto necessita. Busca ainda algumas respostas sobre a vida e as encontra dentro de si mesma.

A cada livro que lemos descobrimos o quanto os livros podem nos ensinar, o quanto ainda há para ser dito através dos personagens, quantos personagens ainda precisam passar por nossas vidas para deixar aquela saudade quanto terminamos de ler um livro.

Vale a pena mergulhar nesta história.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Parafraseando Zeca Pagodinho....

Hoje, só quero parafrasear Zeca Pagodinho:

Deixa o livro me levar...
Livro leva eu.
Deixa o livro me levar....
Livro leva eu.
Deixa o livro me levar...
Livro leva eu
Sou feliz e agradeço
pelas histórias que você me deu.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Violência emocional

É comum presenciarmos situações onde os pais, ao se zangarem com o filho, dizem insultos e humilhações. Este fato é o que chamamos de Violência Emocional, ou seja, fisicamente, não há agressão, mas o moral e auto-estima são extremamente violados. Analisemos a questão de que as escolas estão cheias de crianças que apresentam algum tipo de comportamento complicado, o qual, muitas vezes, é originado na família ( célula-mater da sociedade ).
A criança que ouve repetidas vezes que “é teimosa”, “é burra”, “é a cruz que sua mãe carrega”, “só faz coisas erradas”, acaba por acreditar nisso, ou, que é um caso perdido. Suas reações podem diversificar ainda, indo desde um retraimento ou medo, xixi na cama, até reações como mau-comportamento e rebeldia.
Existe um provérbio que diz: “Quem bate esquece, mas, quem apanha nunca esquece”. Esse “bater” e “apanhar” a que nos referimos também podem ser verbais. A educação não é composta apenas de repreensões, mas também de amor. Ameaças que coloca em risco o amor – “Se você fizer isso, não vou gostar mais de você” – prejudicam o bom relacionamento familiar. O correto é mostrar o erro, conseqüência e forma correta de agir.
Um fator determinante na auto-estima e motivação da criança é o elogio sincero. Todos nós precisamos perceber o reconhecimento do nosso trabalho para nos sentirmos motivados.
Na verdade, quando o adulto agride a criança, cria um clima de medo e faz crer que o mundo é ruim; ou, se a ignora, não dá estímulo ao seu crescimento emocional e intelectual. Assim, ou ela vai se tornar um adulto fracassado, ou acabará na marginalidade.
Em suma, a criança é o ser humano em fase de construção, a sociedade vindoura. Qualquer atitude errada dos adultos em sua educação pode aleijar seu futuro.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Dez direitos imprescritíveis de um leitor

Para se formar um leitor, é preciso usar a pedagogia do afeto e da liberdade (Maria Dinorah, 1996), de maneira que a criança aprenda a gostar de ler antes mesmo de saber ler. A leitura proporciona vários prazeres, entre eles a aventura, a emoção, o sonho e a beleza da linguagem. Mas, para mostrar essa magia aos pequenos, o professor precisa conhecê-la, experimentá-la de perto. Não há como se ensinar bem uma coisa sem antes praticá-la, experimentar sua sensações.
O conforto e a liberdade na leitura é assegurado, segundo Daniel Pennac, em seu livro "Como um romance", pelos Dez direitos imprescritíveis de um leitor. São eles:
1 - O direito de não ler.
2 - O direito de pular páginas.
3 - O direito de não terminar um livro.
4 - O direito de reler.
5 - O direito de ler qualquer coisa.
6 - O direito ao bovarismo (doença textualmente transmissível).
7 - O direito de ler em qualquer lugar.
8 - O direito de ler uma frase aqui e outra ali.
9 - O direito de ler em voz alta.
10 - O direito de calar.

Os livros abrem caminho para descobertas e discussões, em vez de mostrar as respostas prontas.

Ziraldo ecreveu:
"Livro é para levar para casa.
é para criança ler com a mamãe,
o papai, a vovó, a família toda!
É um objeto para ser amado
pela criança. Para ela
dormir abraçada,
escrever seu nome nele,
colorir suas figuar, usufruí-lo."

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Línguagem coloquial ou padão?

Pronominais

Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro
(Osvald de Andrad)

Por causa das diferentes camadas sociais subsistentes e regiões diversas que compõem nosso país, a sociedade brasileira tornou-se heterogênea, seja no aspecto cultural ou econômico. Este fato evidencia a existência de diferentes graus de letramento, o qual funciona como um dos fatores da variação lingüística.
Em primeiro lugar, quando falamos em variação lingüística, logo lembramos da Linguagem Coloquial e da Linguagem formal, do preconceito lingüístico, de como tratar desse assunto na escola, etc., já que são assuntos que vêm sendo pauta para discussões de poetas e lingüistas já há algum tempo.
Em nossa literatura encontramos escritores, conceituadíssimos que usam a variação e criticam a exigência da Gramática Normativa. Osvaldo de Andrade é um deles. Em seu poema “Pronominais”, Osvaldo busca a espontaneidade da linguagem, um vocabulário simplificado, bem como a crítica ao formalismo da linguagem empregada por alguns brasileiros, como os gramáticos, o mulato que estudou, professores e alunos. Para isso, utiliza a regra em que proíbe começar uma oração com pronome oblíquo. Então o aluno pergunta:
_ Se Osvald de Andrad defende o linguajar coloquial ou, se Machado de Assis pode dizer “No meio do caminho tinha uma pedra” (no lugar de havia), por que eu devo me esforçar para falar a língua padrão?
Esta é uma situação comum, mas que requer atenção, pois a escola está inserida no meio social e deve estar preparada para conviver, tanto com a variedade lingüística, como com a conscientização dos alunos para a necessidade de se saber usar a língua padrão.
Quando o aluno ingressa na escola, além de sua formação para cidadão, ele deve encontrar uma formação científica que o capacite para enfrentar a competitividade do mundo moderno, de forma que saiba passar por situações diversas (e nessas situações, a profissional).
Vale lembrar que nós produzimos o que geralmente aprendemos ou estamos habituados a fazer. Então, se o aluno fala “Eles estava lá” (ou qualquer outra oração que não concorde com a GN) e não tem o hábito da leitura, é possível que não se lembre de escrever “Eles estavam lá”, na hora de um vestibular ou concurso.
Claro que ensinar gramática ou regras descontextualizadas não faz com que o aluno consiga usá-las em seu dia-a-dia. Uma ótima forma de se familiarizar com a língua formal é promover práticas de oralidade e escrita. Além disso, não podemos esquecer que é papel da escola é levar o aluno à intensa prática da leitura e da escrita, a fim de que enriqueçam seu repertório de recursos lingüísticos e capacidade crítico-consciente do mundo.

Ler é ultrapassar barreiras

Com esse texto consegui o 1º lugar no 6º Concurso Leia Comigo de 2007.

Um bairro de classe pobre é o cenário que vejo desde que me entendo por gente. A casa onde moro desde os dois anos é só mais uma entre tantas outras de telhados e paredes encardidas, com poucos cômodos apertados e mobília simples. Os homens e mulheres que aqui residem têm uma rotina comum a muitas famílias do país, com suas preocupações voltadas para o trabalho, já que o salário que recebem é insuficiente para sustentar os filhos. Minha vida parece uma cópia da dos meus pais. Única diversão possível é deitar no sofá da sala, assistir TV e olhar os transeuntes avançando em meio aos poucos carros que trafegam a rua esburacada. Às vezes chego a pensar que meus netos nascerão aqui, e terão a mesma vidinha limitada e ignorante que tenho (o que me deixa revoltado com o que se costuma chamar de “destino”).
Hoje, a visão que tenho da janela da minha sala é diferente. Colocaram um imenso outdoor com a foto de um senhor com um livro nas mãos e uma frase que diz: “Ler é ultrapassar barreiras”. Um olhar distraído, mas reflexivo, me levou de volta à infância.
Meus afazeres diários eram concernentes a uma criança de cinco anos. Brincar e assistir TV eram meus preferidos, para não dizer os únicos. Enquanto assistia aos programas de desenho animado nesta mesma sala, observava que um menino, aparentando a mesma idade que eu, todas as tardes sentava-se à soleira da porta, ora com seu pai, ora com sua mãe, a fim de ouvir leitura de histórias. A sua expressão era de que estava envolvido em uma magia, ou que sua visão transcendia a realidade.
Meus pais trabalhavam para sustentar meus três irmãos e eu. Não tinham tempo disponível para gastar lendo histórias. Bem, os pais do garoto vizinho também trabalhavam.
As vezes que ia à sua casa, viam vários livros e revistas na estante, ou espalhados pelo chão. Essa situação me transmitia um aspecto de desordem, já que em minha sala havia apenas uma enorme Bíblia que permanecia aberta no Salmo 23, servindo de decoração.
Quando chegamos à idade de ir à escola, fomos matriculados coincidentemente na mesma turma de alfabetização. Lembro-me que ele ocupava a primeira carteira perto da professora; eu, logo atrás dele. Na época, não compreendia por que suas notas eram tão melhores que as minhas. Por mais que me esforçasse, não conseguia ler aqueles textos complicados; não sabia como Felipe tinha tantas idéias naquelas redações que precisávamos fazer. As aulas de leitura eram suas preferidas. Sempre era o primeiro a se dispor a ler em voz audível. Ou, sempre tinha algo a falar quando a professora dava oportunidade aos alunos para contarem sobre algum livro que porventura haviam lido.
No final do ano, Felipe foi aprovado. Eu não.
Continuamos colegas. Nas folgas da escola, brincávamos de futebol, de empinar pipa, andávamos de bicicleta. Quando voltávamos para casa, eu me estendia no sofá bem em frente à TV. Felipe sentava com seus dois irmãos menores para ler, tal qual fazia seus pais. Aquilo me intrigava. Mas logo esquecia.
O tempo passou. Felipe terminou o Ensino Médio e começou a trabalhar de office-boy em uma Faculdade há umas duas horas daqui e foi contemplado com uma bolsa nessa mesma Faculdade, em virtude das excelentes notas que conseguira no decorrer de sua vida escolar. Eu reprovei alguns anos e acabei por desistir na sétima série, por conselho de meu pai. Ele dizia que eu não tinha nascido para os estudos.
Os trinta anos que se passaram não trouxeram muitas mudanças. Hoje, moro na mesma casa de telhado e paredes encardidas com minha esposa, meus três filhos e minha mãe. Meu pai faleceu há três anos com cirrose hepática.
Felipe, que se mudou logo após iniciar o curso de Jornalismo, agora volta neste outdoor em Campanha pelo Incentivo à Leitura, já que se tornou um jornalista e escritor renomado de contos e crônicas.
Ler é ultrapassar barreiras... Ler é ultrapassar barreiras...
- O que será que está passando no canal 6?

Ficção e realidade

Ficção e realidade: duas vertentes que se confundem na literatura, de maneira que o leitor oscile entre o real e o irreal, realidade e imaginação. Mas, até que ponto podemos afirmar que a ficção não é realidade? Ou quem, diante de alguma situação, nunca se perguntou se aquilo realmente é verídico ou duvidou do que estava vendo?
Complicado? Não. Fascinante. Essa é a magia da leitura: levar o leitor a deixar o seu mundo para viajar em mundos desconhecidos e inexplorados, encontrar-se com pessoas tão iguais a ele que o faça se reconhecer, e tão diferentes que o faça duvidar; situações que o divirta, ou que o ensine.

Conhecendo Edgar Allan Poe


Edgar Allan Poe (1809-1849) foi um célebre escritor do modernismo norte-americano. Suas obras ajudaram a dar forma e substância a dois gêneros formados no século XIX: a ficção científica e o romance policial. Seus temas mais recorrentes lidam com questões da morte, incluindo sinais físicos dela, os efeitos da decomposição, interesses por tapocrifação, a reanimação dos mortos e o luto.


"Os fatos no caso de monsieur Valdemar", publicado em 1845, é uma história de ficção científica que trata da morte, um dos fatores que definem a condição humana, como algo que pode ser alterada pela ciência. A obra aborda o mesmerismo como uma possibilidade de prolongar o fim de um morimbundo. O relato em 1ª pessoa descreve as sensações que o narrador sente ao desenvolver o experimento, e como as pessoas que o acompanharam (os doutores D e F e o estudante L_l) reagiram. É uma história arrepiante e, ao mesmo tempo, intrigante e surpreendente, pois, por meio do transe hipnótico, a morte é suspendida.

Defesa da vida: Por que dizer não à descriminalização do aborto

Muitas são as dicussões quando o assunto é aborto. Esse tema é, sobretudo, polêmico, pois nos remete a questões ideológicas, éticas e religiosoas. Atualmente, o assunto vem tomando um espaço maior nos meios de comunicação de massa em virtude da possível descriminalização do aborto, o que traz à tona uma questão que se sobrepõe a esta: o direito à vida.É interessante esclarecer que, vários movimentos em prol da legalização do aborto vêm sendo realizados, com o pretexto de que a mulher tem o direito de decidir sobre o quer quer para sua vida. Entidades feministas defendem que essa ilegalidade implica na liberdade de escolha e independência, além de acarretar abortos clandestinos, ocasionando problemas de saúde ou mesmo a morte da mulher, já que acontecem sem o acompanhamento médico que esta intervenção exige.Por outro lado, não se pode esquecer que a vida começa no momento da fecundação do óvulo e que, provocar um aborto é negar a um ser humano em processo o direito de protestar ou rebelar-se. Além do mais, mesmo cientes das consequências de uma gravidez indesejada, a mulher deve saber, antes de mais nada, assumir responsabilidades.Não se pode esquecer ainda que no Brasil o aborto é CRIME, exceto em duas situações: em mulheres vítimas de estupro ou com risco de morte. Assim, qualquer ato abortivo que incorra em ausência de indícios que o justifique como sendo uma das situações previstas em lei, fere a Constituição, além da possibilidade de seqüelas físicas, psíquicas e morais.Claro que podem haver questionamentos atestanto que, da mesma forma que a Costituição foi criada (por homens mortais), podem ser feitas as alterações julgadas necessárias. Contudo, há de se concordar que nossa sociedade não é composta apenas por parlamentares "liberais" e grupos feministas. Há toda uma heterogeneidade ideológica e sistemática que permeia, fazendo-a democrática.Por fim, antes que aconteça a legalização do aborto, é necessário que sejam considerados todos os aspectos acima mencionados, lembrando ainda que, este é um assunto público, uma vez que aborda questões ideológicas, éticas e religiosas presentes na sociedade e que não devem ser tidas como irrelevantes.