Olá,
Este exercício já está respondido. É só o professor apagar os verbos em destaque e fazer um traço para que o aluno leia e encontre a forma mais adequada. O texto é divertido e é possível o professor tecer comentários sobre manias que temos de deixar coisas espalhadas.
01) Observe os verbos que estão entre parênteses e complete as lacunas com os verbos devidamente conjugados.
SUA MAJESTADE ZÉ LEO
NO REINO PERDIDO DO BELELÉU
Dizem que todas as coisas perdidas vão (ir) para o Beleléu. Não sei (saber) onde fica esse lugar, mas que ele existe , existe (existir). Já ouvi (ouvir) muita gente grande, gente instruída, dizer desanimada sempre que perdeu (perder) alguma coisa e não achou (achar) mais:
“ Foi (ir) para o Beleléu.”
E sei (saber) também de um menino que foi (ir) para lá.
Chamava -se (chamar) Leo e um dia sumiu (sumir) de casa. Só a irmã dele, a Valdomira, não estranhou (estranhar) o seu sumiço.
Ele tinha (ter) mesmo que desaparecer, foi (ser) o que ela pensou (pensar). Pois tudo o que era (ser) dele não sumia? Sumiam (sumir) os lápis, os livros, as lições da escola para fazer em casa. Sumiam (sumir) os brinquedos e as meias (sempre um pé só), Sumiam (sumir) as camisas, as cuecas e os botões da roupa dele. Ia (ir) tudo para o Beleléu. Só faltava (faltar) ele mesmo ir para lá.
É que o Zé Leo tinha (ter) um costume muito ruim: largava (largar) tudo por aí. Quem quisesse (querer) que guardasse (guardar). Ele não!
Quem já viu (ver) a maior bagunça do mundo, viu (ver) o quarto dele. Para que serviam (servir) os armários, as estantes, as gavetas? Não sei (saber), mas não serviam (servir) para guardar coisa alguma do Zé Leo. Se ele trocava (trocar) de roupa, lá ficava (ficar) a roupa usada esparramada pelo chão. Se escovava (escovar) os dentes, era certo encontrar a escova jogada dentro da pia. Quando voltava ( voltar) da escola, largava (largar) os livros em qualquer canto e na hora de estudar, era aquele procura-que-procura.
A gente dele já estava (estar) cansada de suas perguntas, sempre as mesmas:
“Onde está (estar) isso? Onde está (estar) aquilo? Você não viu (ver) ...”
(Maria Heloísa Penteado. No reino Perdido do Beleléu. São Paulo: Ática.)
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Postei aqui uma apostila básica sobre acentuação gráfica, com exercícios, que fiz para meus alunos, em conformidade com a reforma ortográfica.
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Há algumas regras que podemos seguir quando surgir dúvida em relação à acentuação de uma palavra.
Acentuam-se graficamente
1) todas as proparoxítonas:
Áspero, pétala, tônica, pneumático.
2) os monossílabos tônicos terminados por:
a (s) – já, lá, gás.
e (s) – dê, vê, mês.
o (s) – só, pó, pô-lo, pós.
3) as palavras oxítonas terminadas por:
a (s) – maracujá, dirá, satanás.
e (s) – café, jacaré, você, inglês.
o (s) – cipó, jiló, avó, avós, avô.
em – ninguém, alguém, amém, porém.
ens – parabéns, reféns, vinténs.
ditongos abertos – céu, chapéu, herói, heróis, anzóis, anéis, papéis.
Obs.: não se acentua paroxítona com ditongos abertos: comeia, ideia,assembleia.
4) as palavras paroxítonas terminadas por:
L – amável, útil.
I (s) – táxi, táxis, júri, júris.
R – caráter, açúcar.
N – hífen, éden (não se acentuam as paroxítonas terminadas em ENS: hifens, itens, edens.)
U (s) – ônus, bônus, vírus.
X – tórax, fênix.
à (s) – órfã, órfãs, ímã, ímãs.
Ao (s) – órgão, órgãos, órfão, órfãos.
Um – álbum, médium.
Uns – álbuns, médiuns.
Os – bíceps, fórceps.
Para memorizarmos estas terminações, podemos recorrer a alguns truques formando palavras como ROUXINOL e LIRNUXÃO. São palavras formadas com a maioria das letras citadas acima.
5) o i e o u tônicos do hiato, quando sozinhos na sílaba ou acompanhados de s (exceto o i seguido de nh: rainha, bainha).
I (s) – Ca-í-da, ru-í-na, ba-í-a, pa-ís, fa-ís-ca.
U (s) – vi-ú-va, sa-ú-de, ba-ús.
Obs.: Não se acentua i e u tônicos paroxítonas, quando precedidos de ditongo.
Fei-u-ra, fei-u-me, bai-u-ca, chei-ri-nho.
6) o e da 3ª pessoa do plural dos verbos ter e vir e dos que se formam a partir deles:
Ele tem – eles têm
Ele vem – eles vêm
Ele provem – eles provêm
Ele retém – eles retêm
7) as seguintes palavras para diferenciá-las de suas homônimas:
Por (preposição) – Trabalhei por dois anos.
Pôr (verbo) – É preciso pôr tudo no lugar.
Pode (presente) – Ela pode sair hoje.
Pôde (passado) – Ela pôde sair ontem.
Exercícios
Os acentos das frases abaixo foram retirados propositadamente. Acentue de acordo for necessário.
01. Traga do mercado lampadas, pessegos e uvas.
02. No intimo, ele e o ultimo dos bigamos.
03. Não teve animo para responder ao inquerito.
04. Ela foi enfatica com o conjuge.
05. As silabas tonicas são fortes.
06. Não tenha do.
07. Ja lavou seu pe, menino?
08. Comprei gas para o mes inteiro.
09. Tirou o po da casa tres vezes.
10. Voce não ve que eu preciso de paz?
11. Apareceu alguem vendendo maracujas.
12. Compre o cafe no armazem.
13. Ele e ingles, porem fala portugues.
14. Meu avo e minha avo nasceram no Parana.
15. Nunca dira que recebeu um pontape.
16. O motorista do taxi, ou seja, o taxista foi muito amavel.
17. Os orfãos não estão neste album.
18. Os imoveis perto dos tuneis são mais baratos.
19. Não posso comer açucar.
20. Os farois do carro estão queimados.
21. Na ventania perdeu o chapeu e os papeis.
22. Todos desconheciam o conteudo dos baus.
23. Vou pagar em juizo.
24. Vou por agua no balde por precaução.
25. Hoje ela pode ficar, mas ontem não pode.
Justifique a acentuação (ou não acentuação) das palavras abaixo.
01. Armário: .......................................................
02. Afável: ..........................................................
03. Dó: .................................................................
04. Âmago: .........................................................
05. Tríplice: .........................................................
06. Casa:...............................................................
07. Tatu: ..............................................................
08. Hífen: .............................................................
09. hifens: ............................................................
10. jiboia: .............................................................
11. girassóis: ........................................................
12. cipó: .................................................................
13. ímã: .................................................................
(A apostila foi baseada em pesquisa de livros e internet.)
Bom estudo!
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Há algumas regras que podemos seguir quando surgir dúvida em relação à acentuação de uma palavra.
Acentuam-se graficamente
1) todas as proparoxítonas:
Áspero, pétala, tônica, pneumático.
2) os monossílabos tônicos terminados por:
a (s) – já, lá, gás.
e (s) – dê, vê, mês.
o (s) – só, pó, pô-lo, pós.
3) as palavras oxítonas terminadas por:
a (s) – maracujá, dirá, satanás.
e (s) – café, jacaré, você, inglês.
o (s) – cipó, jiló, avó, avós, avô.
em – ninguém, alguém, amém, porém.
ens – parabéns, reféns, vinténs.
ditongos abertos – céu, chapéu, herói, heróis, anzóis, anéis, papéis.
Obs.: não se acentua paroxítona com ditongos abertos: comeia, ideia,assembleia.
4) as palavras paroxítonas terminadas por:
L – amável, útil.
I (s) – táxi, táxis, júri, júris.
R – caráter, açúcar.
N – hífen, éden (não se acentuam as paroxítonas terminadas em ENS: hifens, itens, edens.)
U (s) – ônus, bônus, vírus.
X – tórax, fênix.
à (s) – órfã, órfãs, ímã, ímãs.
Ao (s) – órgão, órgãos, órfão, órfãos.
Um – álbum, médium.
Uns – álbuns, médiuns.
Os – bíceps, fórceps.
Para memorizarmos estas terminações, podemos recorrer a alguns truques formando palavras como ROUXINOL e LIRNUXÃO. São palavras formadas com a maioria das letras citadas acima.
5) o i e o u tônicos do hiato, quando sozinhos na sílaba ou acompanhados de s (exceto o i seguido de nh: rainha, bainha).
I (s) – Ca-í-da, ru-í-na, ba-í-a, pa-ís, fa-ís-ca.
U (s) – vi-ú-va, sa-ú-de, ba-ús.
Obs.: Não se acentua i e u tônicos paroxítonas, quando precedidos de ditongo.
Fei-u-ra, fei-u-me, bai-u-ca, chei-ri-nho.
6) o e da 3ª pessoa do plural dos verbos ter e vir e dos que se formam a partir deles:
Ele tem – eles têm
Ele vem – eles vêm
Ele provem – eles provêm
Ele retém – eles retêm
7) as seguintes palavras para diferenciá-las de suas homônimas:
Por (preposição) – Trabalhei por dois anos.
Pôr (verbo) – É preciso pôr tudo no lugar.
Pode (presente) – Ela pode sair hoje.
Pôde (passado) – Ela pôde sair ontem.
Exercícios
Os acentos das frases abaixo foram retirados propositadamente. Acentue de acordo for necessário.
01. Traga do mercado lampadas, pessegos e uvas.
02. No intimo, ele e o ultimo dos bigamos.
03. Não teve animo para responder ao inquerito.
04. Ela foi enfatica com o conjuge.
05. As silabas tonicas são fortes.
06. Não tenha do.
07. Ja lavou seu pe, menino?
08. Comprei gas para o mes inteiro.
09. Tirou o po da casa tres vezes.
10. Voce não ve que eu preciso de paz?
11. Apareceu alguem vendendo maracujas.
12. Compre o cafe no armazem.
13. Ele e ingles, porem fala portugues.
14. Meu avo e minha avo nasceram no Parana.
15. Nunca dira que recebeu um pontape.
16. O motorista do taxi, ou seja, o taxista foi muito amavel.
17. Os orfãos não estão neste album.
18. Os imoveis perto dos tuneis são mais baratos.
19. Não posso comer açucar.
20. Os farois do carro estão queimados.
21. Na ventania perdeu o chapeu e os papeis.
22. Todos desconheciam o conteudo dos baus.
23. Vou pagar em juizo.
24. Vou por agua no balde por precaução.
25. Hoje ela pode ficar, mas ontem não pode.
Justifique a acentuação (ou não acentuação) das palavras abaixo.
01. Armário: .......................................................
02. Afável: ..........................................................
03. Dó: .................................................................
04. Âmago: .........................................................
05. Tríplice: .........................................................
06. Casa:...............................................................
07. Tatu: ..............................................................
08. Hífen: .............................................................
09. hifens: ............................................................
10. jiboia: .............................................................
11. girassóis: ........................................................
12. cipó: .................................................................
13. ímã: .................................................................
(A apostila foi baseada em pesquisa de livros e internet.)
Bom estudo!
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Reforma Ortográfica (parte II)
Ficamos livres dele!!!
Quem, em suas escritas corridas, lembrava-se de usar o trema? Posso apostar que pouquíssimas pessoas. Eu, por exemplo, só mesmo no computador, enquanto digitava um texto e o programa fazia correção automática ou grifava em vermelho a falta dele. Mas, mesmo em desuso, era regra e precisava ser usado.
Agora podemos realmente nos sentir livres de pelo menos um sinal da nossa complicada (mas bela) Língua Portuguesa. O trema foi abolido, mas vale lembrar que a pronúncia não precisa ser mudada.
Atenção: O trema continua em nomes próprios, como Müler.
Quem, em suas escritas corridas, lembrava-se de usar o trema? Posso apostar que pouquíssimas pessoas. Eu, por exemplo, só mesmo no computador, enquanto digitava um texto e o programa fazia correção automática ou grifava em vermelho a falta dele. Mas, mesmo em desuso, era regra e precisava ser usado.
Agora podemos realmente nos sentir livres de pelo menos um sinal da nossa complicada (mas bela) Língua Portuguesa. O trema foi abolido, mas vale lembrar que a pronúncia não precisa ser mudada.
Atenção: O trema continua em nomes próprios, como Müler.
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Reforma Ortográfica (Parte I)
Atualmente, o assunto mais popular entre os professores e estudantes de Língua Portuguesa é a Reforma Ortográfica. São dúvidas e mais dúvidas, prós e contras sobre as mudanças ocorridas.
Vamos ver, então, um pouco de ACENTUAÇÃO.
Ouvi alguns alunos meus dizer que agora ficou mais fácil porque não é necessário mais acentuar as palavras. "Doce ilusão!" As regras de acentuação continuam sim, só que com pequenas mudanças (alguns acentos a menos).
1º) Não se acentua paroxítonas com ditongos abertos, ou seja, OI, EI.
Ex.: estreia, jiboia, ideia.
Lembrete: Os ditongos abertos das oxítonas e monossílabos continuam acentuados.
Ex.: anéis, girassóis, chapéu, dói.
2º)Não se acentua os hiatos OO e EE.
Ex.: voo, abençoo, veem, leem.
3º) Não se acentua paroxítonas homógrafas (ou acento diferencial = usado para diferenciar verbo, substantivo e preposição).
Ex.: Ele não para de falar. / Vou para a escola.
O pelo do animal está bonito./ Vamos pelo caminho mais curto.
Lembrete: O acento diferencial continua nas homógrafas por(prep) /pôr(verbo) e pode(verbo no presente) / pôde (verbo no passado).
Ex.: Ontem ele pôde. Hoje ele pode.
Gosto de pôr sapatos fechados por vários motivos.
4º) Não se acentua I e U tônicos quando precedidas de ditongo.
Ex.: feiura, baiuca.
5º) Não se acentua o U forte nos grupos gue, gui, que, qui, de verbos como averiguar, apaziguar, arguir, redarguir, enxaguar.
Ex.: averigue, apazigue, ele argui, enxague você.
Bem, acho que não me esqueci de nenhum.
Não é tão difícil. Basta se acostumar.
As outras palavras seguem as regras antigas. Caso tenham alguma dúvida, podem deixar na postagem de comentário.
Vamos ver, então, um pouco de ACENTUAÇÃO.
Ouvi alguns alunos meus dizer que agora ficou mais fácil porque não é necessário mais acentuar as palavras. "Doce ilusão!" As regras de acentuação continuam sim, só que com pequenas mudanças (alguns acentos a menos).
1º) Não se acentua paroxítonas com ditongos abertos, ou seja, OI, EI.
Ex.: estreia, jiboia, ideia.
Lembrete: Os ditongos abertos das oxítonas e monossílabos continuam acentuados.
Ex.: anéis, girassóis, chapéu, dói.
2º)Não se acentua os hiatos OO e EE.
Ex.: voo, abençoo, veem, leem.
3º) Não se acentua paroxítonas homógrafas (ou acento diferencial = usado para diferenciar verbo, substantivo e preposição).
Ex.: Ele não para de falar. / Vou para a escola.
O pelo do animal está bonito./ Vamos pelo caminho mais curto.
Lembrete: O acento diferencial continua nas homógrafas por(prep) /pôr(verbo) e pode(verbo no presente) / pôde (verbo no passado).
Ex.: Ontem ele pôde. Hoje ele pode.
Gosto de pôr sapatos fechados por vários motivos.
4º) Não se acentua I e U tônicos quando precedidas de ditongo.
Ex.: feiura, baiuca.
5º) Não se acentua o U forte nos grupos gue, gui, que, qui, de verbos como averiguar, apaziguar, arguir, redarguir, enxaguar.
Ex.: averigue, apazigue, ele argui, enxague você.
Bem, acho que não me esqueci de nenhum.
Não é tão difícil. Basta se acostumar.
As outras palavras seguem as regras antigas. Caso tenham alguma dúvida, podem deixar na postagem de comentário.
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Um pouco de literatura
Hoje li "O retrato oval", um dos vários contos de Edgar Allan Poe. Antes, porém, tive a oportunidade de conhecer o famoso conto "O gato preto". Confesso que este último não está entre os meus preferidos, pela série de fatos mórbidos que o autor descreve.
A cada texto que conheço, descubro um pouco de mim, de minhas preferências. Assim, mesmo não gostanto do texto, acabo admirando por ter me levado a esse conhecimento sobre mim mesma.E admiro o autor, ainda, pela perspecácia e capacidade de causar em mim esse sentimento de repulsa.
Mas, voltando ao "O retrato oval", encantou-me pelo fato de conter um gótico mais brando e, também, por envolver a arte.
É imprescindível mencionar que a arte é capaz de trazer para si a realidade visível ou invisível; pode transmitir vida, mesmo sendo pintura. é o que acontece nesse conto de Poe. O pintor da históriaconsegue, entre tintas e pinceladas, alcançar uma absoluta naturalidade de tamanha vivacidade, a qual assusta o protagonista. Esse aspecto desperta-lhe o interesse sobre aquela pintura, o que o leva a ler um volume deixado a sua cabeceira, informações sobre o quadro. Vida e morte se confundem. Uma história de amor, ciúme e submissão envolvia o retrato oval.
O que aconteceu no final? Só lendo para descobrir. Eu recomendo.
(Gótico: Segundo a definição corrente, é um gênero de prosa ficcional que envolve mistério, crime ou pavor, ambientada em cenários lúgubres. O romance gótico explora o lado mórbido, fantástico e sobrenatural dos fatos.)
A cada texto que conheço, descubro um pouco de mim, de minhas preferências. Assim, mesmo não gostanto do texto, acabo admirando por ter me levado a esse conhecimento sobre mim mesma.E admiro o autor, ainda, pela perspecácia e capacidade de causar em mim esse sentimento de repulsa.
Mas, voltando ao "O retrato oval", encantou-me pelo fato de conter um gótico mais brando e, também, por envolver a arte.
É imprescindível mencionar que a arte é capaz de trazer para si a realidade visível ou invisível; pode transmitir vida, mesmo sendo pintura. é o que acontece nesse conto de Poe. O pintor da históriaconsegue, entre tintas e pinceladas, alcançar uma absoluta naturalidade de tamanha vivacidade, a qual assusta o protagonista. Esse aspecto desperta-lhe o interesse sobre aquela pintura, o que o leva a ler um volume deixado a sua cabeceira, informações sobre o quadro. Vida e morte se confundem. Uma história de amor, ciúme e submissão envolvia o retrato oval.
O que aconteceu no final? Só lendo para descobrir. Eu recomendo.
(Gótico: Segundo a definição corrente, é um gênero de prosa ficcional que envolve mistério, crime ou pavor, ambientada em cenários lúgubres. O romance gótico explora o lado mórbido, fantástico e sobrenatural dos fatos.)
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Diferença entre orações causais e explicativas
Quando vamos estudar as Orações Subordinadas Adverbiais (OSA) e Coordenadas Sindéticas (CS), geralmente nos deparamos com a dúvida de como distinguir uma oração causal de uma explicativa. Veja os exemplos:
2º) Na frase "Precisavam enterrar os mortos em outra cidade porque não havia cemitério no local.":
a) Temos uma OSA Causal, já que a oração subordinada (parte destacada) mostra a causa da ação expressa pelo verbo da oração principal. Outra forma de reconhecê-la é colocá-la no início do período, introduzida pela conjunção como - o que não ocorre com a CS Explicativa.
Como não havia cemitério no local, precisavam enterrar os mortos em outra cidade.
b) As orações são subordinadas e, por isso, totalmente dependentes uma da outra.
Encontrei aqui um site onde há um esclarecimento mais aprofundado sobre o tema. Vale a pena conferir.
Com um pouco de treino e atenção, você consegue.
Bons estudos.
1º) Na frase "Não atravesse a rua, porque você pode ser atropelado":
a) Temos uma OS Explicativa, que indica uma justificativa ou uma explicação do fato expresso na oração anterior.
b) As orações são coordenadas e, por isso, independentes uma da outra. Neste caso, há uma pausa entre as orações que vem marcadas por vírgula.
Não atravesse a rua. Você pode ser atropelado.
b) Outra dica é, quando a oração que antecede a OC vier com verbo no modo imperativo, ela será explicativa.
Façam silêncio, que estou falando. (façam= verbo imperativo)
2º) Na frase "Precisavam enterrar os mortos em outra cidade porque não havia cemitério no local.":
a) Temos uma OSA Causal, já que a oração subordinada (parte destacada) mostra a causa da ação expressa pelo verbo da oração principal. Outra forma de reconhecê-la é colocá-la no início do período, introduzida pela conjunção como - o que não ocorre com a CS Explicativa.
Como não havia cemitério no local, precisavam enterrar os mortos em outra cidade.
b) As orações são subordinadas e, por isso, totalmente dependentes uma da outra.
Encontrei aqui um site onde há um esclarecimento mais aprofundado sobre o tema. Vale a pena conferir.
Com um pouco de treino e atenção, você consegue.
Bons estudos.
segunda-feira, 23 de março de 2009
Aposto
Vamos a mais um momento de estudo da Língua Portuguesa. Hoje, o assunto escolhido é aposto. Não se trata de aposto (verbo apostar), e sim, aposto (termo acessório da oração).
O aposto é algo muito usado em nosso dia a dia (sem hífen), mas quase sempre ignorado em seu valor.
Quando vamos à vizinha fazer aquela fofoquinha, é comum usarmos um aposto. Veja:
- Maria, quero te contar uma novidade.
- O que é, Luiza?
- Lembra-se do Rogério, o irmão da Cíntia?
- Sei.
- Vai se casar e morar na rua Sergipe.
Para quem não sabe, a explicação sobre quem é Rogério e o nome da rua são apostos.
Basicamente, podemos conceituar aposto como um termo ou expressão que serve para explicar ou especificar um termo na oração. No entanto, conforme o seu valor dentro dessa oração, podemos classificá-lo da seguinte maneira:
1º Explicativo
a)O termo destacado dá uma explicação. Pode vir separado por vírgulas
ou travessões:
Paulo, o mecânico, consertou meu carro
Na primavera - estação das flores - a cidade fica mais bonita.
b) Antes do termo a que se refere:
Poeta romântico, Álvares de Azevedo morreu cedo.
2º Enumerativo: Enumera as coisas citadas na oração. Neste caso vem depois de dois pontos.
Preciso de várias coisas: cadernos, livros, canetas.
Almejo apenas isto: felicidade.
3º Resumidor ou recapitulativo
Livros, jornais, rádio, televisão, tudo é fonte de informação.
Crianças, jovens, adultos, todos ficaram apavorados.
(Observação: o verbo concorda com o aposto.)
4º Distributivo
"Drummond e Guimarães Rosa são dois grandes escritores, aquele na poesia e este na prosa."
5ºEspecificativo: Nestes casos, não se usa pontuação.
A cidade de São Paulo é numerosa.
A rua Independência estava tranquila.
O arquiteto Oscar Niemeyer projetou Brasília.
Se continuarmos nossos estudos, ainda encontramos as Orações Subordinadas Substantivas Apositivas (OSSA) que nada mais são do que orações com função de aposto. Não se esqueça que o que determina a existência de uma oração é o verbo.
Observe a frase abaixo:
Desejo-lhe só isto: a sua felicidfade.
Se acrescentarmos um verbo, o aposto se tornará OSSA. Veja:
Desejo-lhe só isto: que seja feliz.
Outros exemplos:
Só uma coisa sabemos: que não sabemos nada.
Aquele grande sonho - que possuísse o sino de ouro - o acalentava.
Enfim, nossa língua é rica e podemos usá-la de diferentes modos. É interessante conhecermos detalhes de sua estrutura, mas o melhor é comunicarmos com clareza e eficiência.
Espero que tenha contribuído com seu aprendizado.
O aposto é algo muito usado em nosso dia a dia (sem hífen), mas quase sempre ignorado em seu valor.
Quando vamos à vizinha fazer aquela fofoquinha, é comum usarmos um aposto. Veja:
- Maria, quero te contar uma novidade.
- O que é, Luiza?
- Lembra-se do Rogério, o irmão da Cíntia?
- Sei.
- Vai se casar e morar na rua Sergipe.
Para quem não sabe, a explicação sobre quem é Rogério e o nome da rua são apostos.
Basicamente, podemos conceituar aposto como um termo ou expressão que serve para explicar ou especificar um termo na oração. No entanto, conforme o seu valor dentro dessa oração, podemos classificá-lo da seguinte maneira:
1º Explicativo
a)O termo destacado dá uma explicação. Pode vir separado por vírgulas
ou travessões:
Paulo, o mecânico, consertou meu carro
Na primavera - estação das flores - a cidade fica mais bonita.
b) Antes do termo a que se refere:
Poeta romântico, Álvares de Azevedo morreu cedo.
2º Enumerativo: Enumera as coisas citadas na oração. Neste caso vem depois de dois pontos.
Preciso de várias coisas: cadernos, livros, canetas.
Almejo apenas isto: felicidade.
3º Resumidor ou recapitulativo
Livros, jornais, rádio, televisão, tudo é fonte de informação.
Crianças, jovens, adultos, todos ficaram apavorados.
(Observação: o verbo concorda com o aposto.)
4º Distributivo
"Drummond e Guimarães Rosa são dois grandes escritores, aquele na poesia e este na prosa."
5ºEspecificativo: Nestes casos, não se usa pontuação.
A cidade de São Paulo é numerosa.
A rua Independência estava tranquila.
O arquiteto Oscar Niemeyer projetou Brasília.
Se continuarmos nossos estudos, ainda encontramos as Orações Subordinadas Substantivas Apositivas (OSSA) que nada mais são do que orações com função de aposto. Não se esqueça que o que determina a existência de uma oração é o verbo.
Observe a frase abaixo:
Desejo-lhe só isto: a sua felicidfade.
Se acrescentarmos um verbo, o aposto se tornará OSSA. Veja:
Desejo-lhe só isto: que seja feliz.
Outros exemplos:
Só uma coisa sabemos: que não sabemos nada.
Aquele grande sonho - que possuísse o sino de ouro - o acalentava.
Enfim, nossa língua é rica e podemos usá-la de diferentes modos. É interessante conhecermos detalhes de sua estrutura, mas o melhor é comunicarmos com clareza e eficiência.
Espero que tenha contribuído com seu aprendizado.
segunda-feira, 16 de março de 2009
Descobertas
A leitura é uma fonte inigualável de descobertas.
Hoje descobri que o famoso detetive Sherlock Holmes (de Conan Doyle), e outros detetives memoráveis da ficção, como Hercule Poirot(de Agatha Christie), Padre Brown (de Chesterton), entre outros, são descendentes dos contos de Poe.
Quem lê, descobre.
Hoje descobri que o famoso detetive Sherlock Holmes (de Conan Doyle), e outros detetives memoráveis da ficção, como Hercule Poirot(de Agatha Christie), Padre Brown (de Chesterton), entre outros, são descendentes dos contos de Poe.
Quem lê, descobre.
sábado, 14 de março de 2009
O encanto dos livros
Ultimamente estou exercendo os meus direitos de leitor. Comecei dois livros e parei, mas como não consigo ficar sem um livro nas mãos, comecei mais um. Surpreendeu-me. Esse livro me levou a refletir sobre o quanto um escritor tem a nos ensinar e quão vasto é o mundo do conhecimento. Quando me deparo com determinadas sabedorias, fico a pensar no quanto estou aquém daquilo que se pode aprender. Até me assola um desapontamento por ainda não saber nada. Logo, vem-me a disposição e anseio de querer tomar posse desses saberes, e quem sabe, poder um dia passá-los com o mínimo de excelência de certos escritores.
Assassinatos na Rua Morgue e outras histórias, de Edgar Allan Poe, foi o livro que iniciei esta semana. A primeira história é a que dá título ao livro. Mal comecei e já estou curiosa para saber os mistérios que vão se revelando linha após linha.
Mas, o que me levou a pensar o que aqui escrevo foi a introdução que o autor fez, onde leva o leitor a refletir sobre capacidade de análise, capacidade imaginativa e engenhosidade. Segundo ele, no xadrez, "em nove casos sobre dez, é o jogador mais atento que ganha e não o mais hábil". E ainda, "A faculdade de análise não deve confundir-se com a simples engenhosidade, porque, enquanto o analista é necessariamente engenhosos, sucede frequentes vezes ser o homem engenhoso absolutamente incapaz de análise".
Quem matou a Srª e a Srtª l'Espanaye? É o que pretendo descobrir. E para quem gosta de mistérios, eu recomendo.
Assassinatos na Rua Morgue e outras histórias, de Edgar Allan Poe, foi o livro que iniciei esta semana. A primeira história é a que dá título ao livro. Mal comecei e já estou curiosa para saber os mistérios que vão se revelando linha após linha.
Mas, o que me levou a pensar o que aqui escrevo foi a introdução que o autor fez, onde leva o leitor a refletir sobre capacidade de análise, capacidade imaginativa e engenhosidade. Segundo ele, no xadrez, "em nove casos sobre dez, é o jogador mais atento que ganha e não o mais hábil". E ainda, "A faculdade de análise não deve confundir-se com a simples engenhosidade, porque, enquanto o analista é necessariamente engenhosos, sucede frequentes vezes ser o homem engenhoso absolutamente incapaz de análise".
Quem matou a Srª e a Srtª l'Espanaye? É o que pretendo descobrir. E para quem gosta de mistérios, eu recomendo.
sexta-feira, 13 de março de 2009
O que Sacconi diz sobre Objeto Direto Preposicionado
É fato que a Língua Portuguesa é uma língua cheia de regras e excessões. Quem nunca se perguntou "Por que esta palavra se escreve com S, sendo que o som é de Z?" ou "Qual a importância de se estudar objeto direto e indireto?". No entanto, é necessário que conheçamos a estrutura da nossa língua, até porque, mesmo com as mudanças ocorridas no seu ensino (valorização do discurso e interpretação textual), ainda precisamos entender o valor de cada palavra usada pelo autor e a significação que quis abordar naquele contexto.
O estudo do objeto direto preposicionado nos ajuda a entender, por exemplo, o porquê de dizermos "amo Maria" (sem preposição) e "amo a Deus" (com preposição), ou para evitar algumas ambiguidades, como "Aos pais, amam os filhos" (filhos amam, pais são amados).
O estudo do objeto direto preposicionado nos ajuda a entender, por exemplo, o porquê de dizermos "amo Maria" (sem preposição) e "amo a Deus" (com preposição), ou para evitar algumas ambiguidades, como "Aos pais, amam os filhos" (filhos amam, pais são amados).
Vejamos o que Sacconi nos diz:
É o objeto direto antecedido de preposição, geralmente a, raramente de. Ele pode aparecer quando o objeto direto:
1º For representado por nome de pessoa.
Venderam a Cristo.
Não roube a Pedro.
1º For representado por nome de pessoa.
Venderam a Cristo.
Não roube a Pedro.
2º For representado por nome que indica alguma atividade.
Quem rouba a ladrão tem cem anos de perdão.
3º For um pronome oblíquo tônico.
Não entendo nem a ele nem a ti.
4º Por ênfase, aparecer no rosto da oração.
A ela você pode até não conhecer, mas a mim você conhece.
5º Precisar coordenar pronome oblíquo e substantivo.
Conheço-o, sim, e aos seus amigos.
6º For o nome de Deus.
Não vemos a Deus, mas o sentimos.
7º For pronome de tratamento.
Não respeitaram a V.Exª, nem àquela senhora.
8º Precisar evitar ambiguidades, principalmente nas orações com ordens inversas.
Ao cruzeiro derrotará o Palmeiras.
Castiga-se aos maus.
9º For precedido de predicativo.
Encontrei desesperado ao homem.
10º For constituído por pronome indefinido ou relativo quem.
O raio fere a uns, o relâmpago a muitos.
Não tem a quem amar.
11º Estiver depois das conjunções como e que (ou do que).
Amo-a como a minha irmã.
Eu o estimava mais do que a meu irmão.
12º For um infinitivo que completa o sentido dos verbos ensinar e aprender.
Foi Luís quem lhe ensinou a escrever à máquina.
É preciso aprender a votar nos melhores candidatos.
13º For porção de alguma coisa.
Não beberei desta água nem comerei deste pão.
14º For construção idiomática.
puxar da faca, arrancar da espada, sacar do revólver, pedir por socorro, pegar do ônibus, saber do caso, pegar em alguma coisa, cumprir com o dever, chamar por alguém, esperar por alguém, gozar de liberdade, acabar com o trabalho, ansiar pelo cargo, etc.
Enfim, vale lembrar que a melhor dica para identificar o ODP é ter certeza que o verbo é Transitivo Direto, mesmo seu complemento apresentando preposição (já que não existe VTD+OI). As famosas perguntinhas "o que" e "quem" são a melhor tática, depois de tantas regras.
Bom estudo.
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Sugestão
Tenho aqui uma sugestão de atividade para professores que trabalham com Arte, ensino médio.
Fazer um estudo analógico do poema O grito, de Manuel Bandeira e da obra O grito, de Munch. O quadro é considerado uma das obras mais importantes do expressionismo e representa um estado de extrema angústia. O professor pode ainda falar sobre o roubo que a obra sofreu. Ver aqui mais detalhes.
O professor pode pedir ao aluno que encontre pontos que se assemelham ou que divergem um do outro, estudar o porquê dos títulos, considerar o ano em que cada uma das obras foram criadas. Enfim, com essa atividade o professor une literatura e arte, que na verdade são uma só.
Fazer um estudo analógico do poema O grito, de Manuel Bandeira e da obra O grito, de Munch. O quadro é considerado uma das obras mais importantes do expressionismo e representa um estado de extrema angústia. O professor pode ainda falar sobre o roubo que a obra sofreu. Ver aqui mais detalhes.
O professor pode pedir ao aluno que encontre pontos que se assemelham ou que divergem um do outro, estudar o porquê dos títulos, considerar o ano em que cada uma das obras foram criadas. Enfim, com essa atividade o professor une literatura e arte, que na verdade são uma só.
Se ao menos esta dor servisse
se ela batesse nas paredes
abrisse portas
falasse
se ela contasse e despenteasse cabelos
se ao menos esta dor se visse
se ela saltasse fora da garganta (como um grito)
caísse na janela fizesse barulho
morresse
se a dor fosse um pedaço de pão duro
que a gente pudesse engolir com força
depois cuspir a saliva fora
sujar a rua os carros o espaço o outro
esse outro escuro que passa indiferente
e que não sofre tem o direito de não sofrer
se a dor fosse só a carne do dedo
que se esfrega na parede de pedra
para doer doer visível
doer penalizante
doer com lágrimas
se ao menos esta dor sangrasse.
(Manuel Bandeira)
se ela batesse nas paredes
abrisse portas
falasse
se ela contasse e despenteasse cabelos
se ao menos esta dor se visse
se ela saltasse fora da garganta (como um grito)
caísse na janela fizesse barulho
morresse
se a dor fosse um pedaço de pão duro
que a gente pudesse engolir com força
depois cuspir a saliva fora
sujar a rua os carros o espaço o outro
esse outro escuro que passa indiferente
e que não sofre tem o direito de não sofrer
se a dor fosse só a carne do dedo
que se esfrega na parede de pedra
para doer doer visível
doer penalizante
doer com lágrimas
se ao menos esta dor sangrasse.
(Manuel Bandeira)
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Conhecendo Giselda Laporta Nicolelis
Giselda Laporta Nicolelis é uma escritora brasileira de literatura infantil e juvenil. Formada em jornalismo, é fascinada por leituras. Seu primeiro livro publicado foi Coruja lelé. Um de seus livros que merece destaque é Táli. A escritora conta que, após uma palesta para os alunos de um grande colégio, uma garota de olhos verdes procurou-a e pediu que ela escrevesse sua história de vida. Sendo assim, trata-se de uma história real e, por isso, merece atenção. Esta pode ser a história de muitas adolescentes. A história fala sobre um namoro proibido que gera infelicidade e um gesto desesperado que quase a levou à morte. A garota se sente incompreendida devido à falta de afeto dos pais opressores que só vêem as aparências. Mas a garota tem uma avó que enxerga o coração e é contra o preconceito. No final, Táli se mostra uma jovem decidida e corajosa que busca realizar seus sonhos, ser feliz e encontrar no amor o diálogo de que tanto necessita. Busca ainda algumas respostas sobre a vida e as encontra dentro de si mesma.
A cada livro que lemos descobrimos o quanto os livros podem nos ensinar, o quanto ainda há para ser dito através dos personagens, quantos personagens ainda precisam passar por nossas vidas para deixar aquela saudade quanto terminamos de ler um livro.
Vale a pena mergulhar nesta história.
A cada livro que lemos descobrimos o quanto os livros podem nos ensinar, o quanto ainda há para ser dito através dos personagens, quantos personagens ainda precisam passar por nossas vidas para deixar aquela saudade quanto terminamos de ler um livro.
Vale a pena mergulhar nesta história.
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Parafraseando Zeca Pagodinho....
Hoje, só quero parafrasear Zeca Pagodinho:
Deixa o livro me levar...
Livro leva eu.
Deixa o livro me levar....
Livro leva eu.
Deixa o livro me levar...
Livro leva eu
Sou feliz e agradeço
pelas histórias que você me deu.
Deixa o livro me levar...
Livro leva eu.
Deixa o livro me levar....
Livro leva eu.
Deixa o livro me levar...
Livro leva eu
Sou feliz e agradeço
pelas histórias que você me deu.
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Violência emocional
É comum presenciarmos situações onde os pais, ao se zangarem com o filho, dizem insultos e humilhações. Este fato é o que chamamos de Violência Emocional, ou seja, fisicamente, não há agressão, mas o moral e auto-estima são extremamente violados. Analisemos a questão de que as escolas estão cheias de crianças que apresentam algum tipo de comportamento complicado, o qual, muitas vezes, é originado na família ( célula-mater da sociedade ).
A criança que ouve repetidas vezes que “é teimosa”, “é burra”, “é a cruz que sua mãe carrega”, “só faz coisas erradas”, acaba por acreditar nisso, ou, que é um caso perdido. Suas reações podem diversificar ainda, indo desde um retraimento ou medo, xixi na cama, até reações como mau-comportamento e rebeldia.
Existe um provérbio que diz: “Quem bate esquece, mas, quem apanha nunca esquece”. Esse “bater” e “apanhar” a que nos referimos também podem ser verbais. A educação não é composta apenas de repreensões, mas também de amor. Ameaças que coloca em risco o amor – “Se você fizer isso, não vou gostar mais de você” – prejudicam o bom relacionamento familiar. O correto é mostrar o erro, conseqüência e forma correta de agir.
Um fator determinante na auto-estima e motivação da criança é o elogio sincero. Todos nós precisamos perceber o reconhecimento do nosso trabalho para nos sentirmos motivados.
Na verdade, quando o adulto agride a criança, cria um clima de medo e faz crer que o mundo é ruim; ou, se a ignora, não dá estímulo ao seu crescimento emocional e intelectual. Assim, ou ela vai se tornar um adulto fracassado, ou acabará na marginalidade.
Em suma, a criança é o ser humano em fase de construção, a sociedade vindoura. Qualquer atitude errada dos adultos em sua educação pode aleijar seu futuro.
A criança que ouve repetidas vezes que “é teimosa”, “é burra”, “é a cruz que sua mãe carrega”, “só faz coisas erradas”, acaba por acreditar nisso, ou, que é um caso perdido. Suas reações podem diversificar ainda, indo desde um retraimento ou medo, xixi na cama, até reações como mau-comportamento e rebeldia.
Existe um provérbio que diz: “Quem bate esquece, mas, quem apanha nunca esquece”. Esse “bater” e “apanhar” a que nos referimos também podem ser verbais. A educação não é composta apenas de repreensões, mas também de amor. Ameaças que coloca em risco o amor – “Se você fizer isso, não vou gostar mais de você” – prejudicam o bom relacionamento familiar. O correto é mostrar o erro, conseqüência e forma correta de agir.
Um fator determinante na auto-estima e motivação da criança é o elogio sincero. Todos nós precisamos perceber o reconhecimento do nosso trabalho para nos sentirmos motivados.
Na verdade, quando o adulto agride a criança, cria um clima de medo e faz crer que o mundo é ruim; ou, se a ignora, não dá estímulo ao seu crescimento emocional e intelectual. Assim, ou ela vai se tornar um adulto fracassado, ou acabará na marginalidade.
Em suma, a criança é o ser humano em fase de construção, a sociedade vindoura. Qualquer atitude errada dos adultos em sua educação pode aleijar seu futuro.
domingo, 25 de janeiro de 2009
Dez direitos imprescritíveis de um leitor
Para se formar um leitor, é preciso usar a pedagogia do afeto e da liberdade (Maria Dinorah, 1996), de maneira que a criança aprenda a gostar de ler antes mesmo de saber ler. A leitura proporciona vários prazeres, entre eles a aventura, a emoção, o sonho e a beleza da linguagem. Mas, para mostrar essa magia aos pequenos, o professor precisa conhecê-la, experimentá-la de perto. Não há como se ensinar bem uma coisa sem antes praticá-la, experimentar sua sensações.
O conforto e a liberdade na leitura é assegurado, segundo Daniel Pennac, em seu livro "Como um romance", pelos Dez direitos imprescritíveis de um leitor. São eles:
1 - O direito de não ler.
2 - O direito de pular páginas.
3 - O direito de não terminar um livro.
4 - O direito de reler.
5 - O direito de ler qualquer coisa.
6 - O direito ao bovarismo (doença textualmente transmissível).
7 - O direito de ler em qualquer lugar.
8 - O direito de ler uma frase aqui e outra ali.
9 - O direito de ler em voz alta.
10 - O direito de calar.
Os livros abrem caminho para descobertas e discussões, em vez de mostrar as respostas prontas.
Ziraldo ecreveu:
"Livro é para levar para casa.
é para criança ler com a mamãe,
o papai, a vovó, a família toda!
É um objeto para ser amado
pela criança. Para ela
dormir abraçada,
escrever seu nome nele,
colorir suas figuar, usufruí-lo."
O conforto e a liberdade na leitura é assegurado, segundo Daniel Pennac, em seu livro "Como um romance", pelos Dez direitos imprescritíveis de um leitor. São eles:
1 - O direito de não ler.
2 - O direito de pular páginas.
3 - O direito de não terminar um livro.
4 - O direito de reler.
5 - O direito de ler qualquer coisa.
6 - O direito ao bovarismo (doença textualmente transmissível).
7 - O direito de ler em qualquer lugar.
8 - O direito de ler uma frase aqui e outra ali.
9 - O direito de ler em voz alta.
10 - O direito de calar.
Os livros abrem caminho para descobertas e discussões, em vez de mostrar as respostas prontas.
Ziraldo ecreveu:
"Livro é para levar para casa.
é para criança ler com a mamãe,
o papai, a vovó, a família toda!
É um objeto para ser amado
pela criança. Para ela
dormir abraçada,
escrever seu nome nele,
colorir suas figuar, usufruí-lo."
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Línguagem coloquial ou padão?
Pronominais
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro
(Osvald de Andrad)
Por causa das diferentes camadas sociais subsistentes e regiões diversas que compõem nosso país, a sociedade brasileira tornou-se heterogênea, seja no aspecto cultural ou econômico. Este fato evidencia a existência de diferentes graus de letramento, o qual funciona como um dos fatores da variação lingüística.
Em primeiro lugar, quando falamos em variação lingüística, logo lembramos da Linguagem Coloquial e da Linguagem formal, do preconceito lingüístico, de como tratar desse assunto na escola, etc., já que são assuntos que vêm sendo pauta para discussões de poetas e lingüistas já há algum tempo.
Em nossa literatura encontramos escritores, conceituadíssimos que usam a variação e criticam a exigência da Gramática Normativa. Osvaldo de Andrade é um deles. Em seu poema “Pronominais”, Osvaldo busca a espontaneidade da linguagem, um vocabulário simplificado, bem como a crítica ao formalismo da linguagem empregada por alguns brasileiros, como os gramáticos, o mulato que estudou, professores e alunos. Para isso, utiliza a regra em que proíbe começar uma oração com pronome oblíquo. Então o aluno pergunta:
_ Se Osvald de Andrad defende o linguajar coloquial ou, se Machado de Assis pode dizer “No meio do caminho tinha uma pedra” (no lugar de havia), por que eu devo me esforçar para falar a língua padrão?
Esta é uma situação comum, mas que requer atenção, pois a escola está inserida no meio social e deve estar preparada para conviver, tanto com a variedade lingüística, como com a conscientização dos alunos para a necessidade de se saber usar a língua padrão.
Quando o aluno ingressa na escola, além de sua formação para cidadão, ele deve encontrar uma formação científica que o capacite para enfrentar a competitividade do mundo moderno, de forma que saiba passar por situações diversas (e nessas situações, a profissional).
Vale lembrar que nós produzimos o que geralmente aprendemos ou estamos habituados a fazer. Então, se o aluno fala “Eles estava lá” (ou qualquer outra oração que não concorde com a GN) e não tem o hábito da leitura, é possível que não se lembre de escrever “Eles estavam lá”, na hora de um vestibular ou concurso.
Claro que ensinar gramática ou regras descontextualizadas não faz com que o aluno consiga usá-las em seu dia-a-dia. Uma ótima forma de se familiarizar com a língua formal é promover práticas de oralidade e escrita. Além disso, não podemos esquecer que é papel da escola é levar o aluno à intensa prática da leitura e da escrita, a fim de que enriqueçam seu repertório de recursos lingüísticos e capacidade crítico-consciente do mundo.
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro
(Osvald de Andrad)
Por causa das diferentes camadas sociais subsistentes e regiões diversas que compõem nosso país, a sociedade brasileira tornou-se heterogênea, seja no aspecto cultural ou econômico. Este fato evidencia a existência de diferentes graus de letramento, o qual funciona como um dos fatores da variação lingüística.
Em primeiro lugar, quando falamos em variação lingüística, logo lembramos da Linguagem Coloquial e da Linguagem formal, do preconceito lingüístico, de como tratar desse assunto na escola, etc., já que são assuntos que vêm sendo pauta para discussões de poetas e lingüistas já há algum tempo.
Em nossa literatura encontramos escritores, conceituadíssimos que usam a variação e criticam a exigência da Gramática Normativa. Osvaldo de Andrade é um deles. Em seu poema “Pronominais”, Osvaldo busca a espontaneidade da linguagem, um vocabulário simplificado, bem como a crítica ao formalismo da linguagem empregada por alguns brasileiros, como os gramáticos, o mulato que estudou, professores e alunos. Para isso, utiliza a regra em que proíbe começar uma oração com pronome oblíquo. Então o aluno pergunta:
_ Se Osvald de Andrad defende o linguajar coloquial ou, se Machado de Assis pode dizer “No meio do caminho tinha uma pedra” (no lugar de havia), por que eu devo me esforçar para falar a língua padrão?
Esta é uma situação comum, mas que requer atenção, pois a escola está inserida no meio social e deve estar preparada para conviver, tanto com a variedade lingüística, como com a conscientização dos alunos para a necessidade de se saber usar a língua padrão.
Quando o aluno ingressa na escola, além de sua formação para cidadão, ele deve encontrar uma formação científica que o capacite para enfrentar a competitividade do mundo moderno, de forma que saiba passar por situações diversas (e nessas situações, a profissional).
Vale lembrar que nós produzimos o que geralmente aprendemos ou estamos habituados a fazer. Então, se o aluno fala “Eles estava lá” (ou qualquer outra oração que não concorde com a GN) e não tem o hábito da leitura, é possível que não se lembre de escrever “Eles estavam lá”, na hora de um vestibular ou concurso.
Claro que ensinar gramática ou regras descontextualizadas não faz com que o aluno consiga usá-las em seu dia-a-dia. Uma ótima forma de se familiarizar com a língua formal é promover práticas de oralidade e escrita. Além disso, não podemos esquecer que é papel da escola é levar o aluno à intensa prática da leitura e da escrita, a fim de que enriqueçam seu repertório de recursos lingüísticos e capacidade crítico-consciente do mundo.
Ler é ultrapassar barreiras
Com esse texto consegui o 1º lugar no 6º Concurso Leia Comigo de 2007.
Um bairro de classe pobre é o cenário que vejo desde que me entendo por gente. A casa onde moro desde os dois anos é só mais uma entre tantas outras de telhados e paredes encardidas, com poucos cômodos apertados e mobília simples. Os homens e mulheres que aqui residem têm uma rotina comum a muitas famílias do país, com suas preocupações voltadas para o trabalho, já que o salário que recebem é insuficiente para sustentar os filhos. Minha vida parece uma cópia da dos meus pais. Única diversão possível é deitar no sofá da sala, assistir TV e olhar os transeuntes avançando em meio aos poucos carros que trafegam a rua esburacada. Às vezes chego a pensar que meus netos nascerão aqui, e terão a mesma vidinha limitada e ignorante que tenho (o que me deixa revoltado com o que se costuma chamar de “destino”).
Hoje, a visão que tenho da janela da minha sala é diferente. Colocaram um imenso outdoor com a foto de um senhor com um livro nas mãos e uma frase que diz: “Ler é ultrapassar barreiras”. Um olhar distraído, mas reflexivo, me levou de volta à infância.
Meus afazeres diários eram concernentes a uma criança de cinco anos. Brincar e assistir TV eram meus preferidos, para não dizer os únicos. Enquanto assistia aos programas de desenho animado nesta mesma sala, observava que um menino, aparentando a mesma idade que eu, todas as tardes sentava-se à soleira da porta, ora com seu pai, ora com sua mãe, a fim de ouvir leitura de histórias. A sua expressão era de que estava envolvido em uma magia, ou que sua visão transcendia a realidade.
Meus pais trabalhavam para sustentar meus três irmãos e eu. Não tinham tempo disponível para gastar lendo histórias. Bem, os pais do garoto vizinho também trabalhavam.
As vezes que ia à sua casa, viam vários livros e revistas na estante, ou espalhados pelo chão. Essa situação me transmitia um aspecto de desordem, já que em minha sala havia apenas uma enorme Bíblia que permanecia aberta no Salmo 23, servindo de decoração.
Quando chegamos à idade de ir à escola, fomos matriculados coincidentemente na mesma turma de alfabetização. Lembro-me que ele ocupava a primeira carteira perto da professora; eu, logo atrás dele. Na época, não compreendia por que suas notas eram tão melhores que as minhas. Por mais que me esforçasse, não conseguia ler aqueles textos complicados; não sabia como Felipe tinha tantas idéias naquelas redações que precisávamos fazer. As aulas de leitura eram suas preferidas. Sempre era o primeiro a se dispor a ler em voz audível. Ou, sempre tinha algo a falar quando a professora dava oportunidade aos alunos para contarem sobre algum livro que porventura haviam lido.
No final do ano, Felipe foi aprovado. Eu não.
Continuamos colegas. Nas folgas da escola, brincávamos de futebol, de empinar pipa, andávamos de bicicleta. Quando voltávamos para casa, eu me estendia no sofá bem em frente à TV. Felipe sentava com seus dois irmãos menores para ler, tal qual fazia seus pais. Aquilo me intrigava. Mas logo esquecia.
O tempo passou. Felipe terminou o Ensino Médio e começou a trabalhar de office-boy em uma Faculdade há umas duas horas daqui e foi contemplado com uma bolsa nessa mesma Faculdade, em virtude das excelentes notas que conseguira no decorrer de sua vida escolar. Eu reprovei alguns anos e acabei por desistir na sétima série, por conselho de meu pai. Ele dizia que eu não tinha nascido para os estudos.
Os trinta anos que se passaram não trouxeram muitas mudanças. Hoje, moro na mesma casa de telhado e paredes encardidas com minha esposa, meus três filhos e minha mãe. Meu pai faleceu há três anos com cirrose hepática.
Felipe, que se mudou logo após iniciar o curso de Jornalismo, agora volta neste outdoor em Campanha pelo Incentivo à Leitura, já que se tornou um jornalista e escritor renomado de contos e crônicas.
Ler é ultrapassar barreiras... Ler é ultrapassar barreiras...
- O que será que está passando no canal 6?
Um bairro de classe pobre é o cenário que vejo desde que me entendo por gente. A casa onde moro desde os dois anos é só mais uma entre tantas outras de telhados e paredes encardidas, com poucos cômodos apertados e mobília simples. Os homens e mulheres que aqui residem têm uma rotina comum a muitas famílias do país, com suas preocupações voltadas para o trabalho, já que o salário que recebem é insuficiente para sustentar os filhos. Minha vida parece uma cópia da dos meus pais. Única diversão possível é deitar no sofá da sala, assistir TV e olhar os transeuntes avançando em meio aos poucos carros que trafegam a rua esburacada. Às vezes chego a pensar que meus netos nascerão aqui, e terão a mesma vidinha limitada e ignorante que tenho (o que me deixa revoltado com o que se costuma chamar de “destino”).
Hoje, a visão que tenho da janela da minha sala é diferente. Colocaram um imenso outdoor com a foto de um senhor com um livro nas mãos e uma frase que diz: “Ler é ultrapassar barreiras”. Um olhar distraído, mas reflexivo, me levou de volta à infância.
Meus afazeres diários eram concernentes a uma criança de cinco anos. Brincar e assistir TV eram meus preferidos, para não dizer os únicos. Enquanto assistia aos programas de desenho animado nesta mesma sala, observava que um menino, aparentando a mesma idade que eu, todas as tardes sentava-se à soleira da porta, ora com seu pai, ora com sua mãe, a fim de ouvir leitura de histórias. A sua expressão era de que estava envolvido em uma magia, ou que sua visão transcendia a realidade.
Meus pais trabalhavam para sustentar meus três irmãos e eu. Não tinham tempo disponível para gastar lendo histórias. Bem, os pais do garoto vizinho também trabalhavam.
As vezes que ia à sua casa, viam vários livros e revistas na estante, ou espalhados pelo chão. Essa situação me transmitia um aspecto de desordem, já que em minha sala havia apenas uma enorme Bíblia que permanecia aberta no Salmo 23, servindo de decoração.
Quando chegamos à idade de ir à escola, fomos matriculados coincidentemente na mesma turma de alfabetização. Lembro-me que ele ocupava a primeira carteira perto da professora; eu, logo atrás dele. Na época, não compreendia por que suas notas eram tão melhores que as minhas. Por mais que me esforçasse, não conseguia ler aqueles textos complicados; não sabia como Felipe tinha tantas idéias naquelas redações que precisávamos fazer. As aulas de leitura eram suas preferidas. Sempre era o primeiro a se dispor a ler em voz audível. Ou, sempre tinha algo a falar quando a professora dava oportunidade aos alunos para contarem sobre algum livro que porventura haviam lido.
No final do ano, Felipe foi aprovado. Eu não.
Continuamos colegas. Nas folgas da escola, brincávamos de futebol, de empinar pipa, andávamos de bicicleta. Quando voltávamos para casa, eu me estendia no sofá bem em frente à TV. Felipe sentava com seus dois irmãos menores para ler, tal qual fazia seus pais. Aquilo me intrigava. Mas logo esquecia.
O tempo passou. Felipe terminou o Ensino Médio e começou a trabalhar de office-boy em uma Faculdade há umas duas horas daqui e foi contemplado com uma bolsa nessa mesma Faculdade, em virtude das excelentes notas que conseguira no decorrer de sua vida escolar. Eu reprovei alguns anos e acabei por desistir na sétima série, por conselho de meu pai. Ele dizia que eu não tinha nascido para os estudos.
Os trinta anos que se passaram não trouxeram muitas mudanças. Hoje, moro na mesma casa de telhado e paredes encardidas com minha esposa, meus três filhos e minha mãe. Meu pai faleceu há três anos com cirrose hepática.
Felipe, que se mudou logo após iniciar o curso de Jornalismo, agora volta neste outdoor em Campanha pelo Incentivo à Leitura, já que se tornou um jornalista e escritor renomado de contos e crônicas.
Ler é ultrapassar barreiras... Ler é ultrapassar barreiras...
- O que será que está passando no canal 6?
Ficção e realidade
Ficção e realidade: duas vertentes que se confundem na literatura, de maneira que o leitor oscile entre o real e o irreal, realidade e imaginação. Mas, até que ponto podemos afirmar que a ficção não é realidade? Ou quem, diante de alguma situação, nunca se perguntou se aquilo realmente é verídico ou duvidou do que estava vendo?
Complicado? Não. Fascinante. Essa é a magia da leitura: levar o leitor a deixar o seu mundo para viajar em mundos desconhecidos e inexplorados, encontrar-se com pessoas tão iguais a ele que o faça se reconhecer, e tão diferentes que o faça duvidar; situações que o divirta, ou que o ensine.
Complicado? Não. Fascinante. Essa é a magia da leitura: levar o leitor a deixar o seu mundo para viajar em mundos desconhecidos e inexplorados, encontrar-se com pessoas tão iguais a ele que o faça se reconhecer, e tão diferentes que o faça duvidar; situações que o divirta, ou que o ensine.
Conhecendo Edgar Allan Poe
Edgar Allan Poe (1809-1849) foi um célebre escritor do modernismo norte-americano. Suas obras ajudaram a dar forma e substância a dois gêneros formados no século XIX: a ficção científica e o romance policial. Seus temas mais recorrentes lidam com questões da morte, incluindo sinais físicos dela, os efeitos da decomposição, interesses por tapocrifação, a reanimação dos mortos e o luto.
"Os fatos no caso de monsieur Valdemar", publicado em 1845, é uma história de ficção científica que trata da morte, um dos fatores que definem a condição humana, como algo que pode ser alterada pela ciência. A obra aborda o mesmerismo como uma possibilidade de prolongar o fim de um morimbundo. O relato em 1ª pessoa descreve as sensações que o narrador sente ao desenvolver o experimento, e como as pessoas que o acompanharam (os doutores D e F e o estudante L_l) reagiram. É uma história arrepiante e, ao mesmo tempo, intrigante e surpreendente, pois, por meio do transe hipnótico, a morte é suspendida.
"Os fatos no caso de monsieur Valdemar", publicado em 1845, é uma história de ficção científica que trata da morte, um dos fatores que definem a condição humana, como algo que pode ser alterada pela ciência. A obra aborda o mesmerismo como uma possibilidade de prolongar o fim de um morimbundo. O relato em 1ª pessoa descreve as sensações que o narrador sente ao desenvolver o experimento, e como as pessoas que o acompanharam (os doutores D e F e o estudante L_l) reagiram. É uma história arrepiante e, ao mesmo tempo, intrigante e surpreendente, pois, por meio do transe hipnótico, a morte é suspendida.
Defesa da vida: Por que dizer não à descriminalização do aborto
Muitas são as dicussões quando o assunto é aborto. Esse tema é, sobretudo, polêmico, pois nos remete a questões ideológicas, éticas e religiosoas. Atualmente, o assunto vem tomando um espaço maior nos meios de comunicação de massa em virtude da possível descriminalização do aborto, o que traz à tona uma questão que se sobrepõe a esta: o direito à vida.É interessante esclarecer que, vários movimentos em prol da legalização do aborto vêm sendo realizados, com o pretexto de que a mulher tem o direito de decidir sobre o quer quer para sua vida. Entidades feministas defendem que essa ilegalidade implica na liberdade de escolha e independência, além de acarretar abortos clandestinos, ocasionando problemas de saúde ou mesmo a morte da mulher, já que acontecem sem o acompanhamento médico que esta intervenção exige.Por outro lado, não se pode esquecer que a vida começa no momento da fecundação do óvulo e que, provocar um aborto é negar a um ser humano em processo o direito de protestar ou rebelar-se. Além do mais, mesmo cientes das consequências de uma gravidez indesejada, a mulher deve saber, antes de mais nada, assumir responsabilidades.Não se pode esquecer ainda que no Brasil o aborto é CRIME, exceto em duas situações: em mulheres vítimas de estupro ou com risco de morte. Assim, qualquer ato abortivo que incorra em ausência de indícios que o justifique como sendo uma das situações previstas em lei, fere a Constituição, além da possibilidade de seqüelas físicas, psíquicas e morais.Claro que podem haver questionamentos atestanto que, da mesma forma que a Costituição foi criada (por homens mortais), podem ser feitas as alterações julgadas necessárias. Contudo, há de se concordar que nossa sociedade não é composta apenas por parlamentares "liberais" e grupos feministas. Há toda uma heterogeneidade ideológica e sistemática que permeia, fazendo-a democrática.Por fim, antes que aconteça a legalização do aborto, é necessário que sejam considerados todos os aspectos acima mencionados, lembrando ainda que, este é um assunto público, uma vez que aborda questões ideológicas, éticas e religiosas presentes na sociedade e que não devem ser tidas como irrelevantes.
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